O
homem é uma busca, uma eterna inquirição, uma pergunta perene. A busca é pela
energia que mantém a existência interligada — chame-a de Deus, chame-a de verdade,
chame-a de como você queira chamar. O que mantém essa existência infinita
interligada? Qual é o centro disso tudo, o cerne disso tudo?
Ciência,
filosofia, religião, todas fazem a mesma pergunta. As respostas podem diferir,
mas a pergunta é a mesma. A religião chama essa energia de “Deus”. Os
cientistas não concordarão com a palavra “deus”; parece pessoal demais. Eles a
chamam de eletricidade, magnetismo, campo energético, mas apenas o nome é
diferente. Deus é um campo de energia.
Os filósofos
vão dando nomes diferentes: estrato supremo, o absoluto, Brahma. Algumas vezes,
alguns filósofos dizem que ela é água, liquidez; algumas vezes alguém diz que é
fogo — mas a busca tem sido eterna. “O que mantém este universo infinito junto?”
Os místicos
da Índia antiga, conhecidos como bauls, chamam-na de amor — e para mim, a
resposta deles parece ser a mais pertinente. Ela não é pessoal nem impessoal. Ela
tem algo de Deus e algo de magnetismo também. Algo do divino e algo da terra.
O amor
tem duas faces. É semelhante a Janus: uma face é voltada para a terra e a outra
é voltada para o céu. É a maior síntese concebível: ele vem da luxuria e se
move em direção à oração; ele nasce do lodo e se torna um loto que olha de
frente para o sol.
A
palavra “amor” tem de ser compreendida. O que queremos dizer por “amor”? Uma
coisa que certamente queremos todos dizer é que ele tem uma atração em si, uma
grande energia. Quando você se apaixona, não é que você faça algo — você é
puxado para dentro do amor. Ele possui uma foca magnética. Você gravita em
direção ao objeto do seu amor, você gravita quase sem querer, você gravita até
contra a sua vontade. Há um puxão, um campo magnético — por isso dizemos “cair
de amor”. Quem quer cair? Mas quem pode evitar? Quando a energia o chama, de
repente você já não é mais seu velho eu. Algo mais vasto do que você o está
puxando; algo maior que você o está invocando. O desafio é tal que simplesmente
a pessoa se precipita em direção a ele arrebatadamente.
Deixe o amor ser sua oração do livro Vida, Amor e Riso- Osho
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