Que
meditar traz grandes benefícios à saúde e melhor qualidade de vida, quase todo
mundo já sabe. O que muita gente ainda
acredita é que seja difícil meditar, que seja tarefa para poucas pessoas, que
seja necessário estar ligado às religiões e filosofias orientais para a prática
da meditação. Esses condicionamentos são na verdade obstáculos impostos pela
mente inconsciente e/ou consciente, que impedem a pessoa de tentar uma nova
experiência.
Mas
quem já pratica a meditação há algum tempo também tem obstáculos com os quais
lidar. A pessoa pode enumerar os mais variados possíveis: falta de tempo, falta
de um lugar apropriado, falta de conhecimento adequado para praticar sozinho,
preocupação com opinião alheia etc...
O
texto abaixo enumera quatro grandes obstáculos à meditação. Apenas esteja
atento(a) a eles, mas não se deixe desanimar e que eles não sejam desculpas
para dificultar a sua prática.
Quatro grandes obstáculos à meditação:
1. A tendência
para adormecer
2. A agitação
e vaguear da mente
3 .Latências
inconscientes da mente
4. Tendência
para usufruir a quietude
1. O sono
O
sono é um dos maiores obstáculos à meditação. A meditação é o momento em que
muitos dormem e alguns ressonam. O sono
é, regra geral causado por cansaço físico ou mental. Deve-se por isso, preparar
a meditação com descanso suficiente. O que se faz antes da meditação assume um
papel determinante no evitar do sono.
Seguem
algumas sugestões para evitar o sono ( seguindo a indicação do Swami
Paramarthananda) :
·
Medite
depois de tomar banho ou pelo menos depois de lavar o rosto e as mãos.
·
Medite
quando o estômago não estiver demasiado cheio ou vazio.
·
Escolha
um momento em que a mente esteja alerta.
·
Faça
auto-sugestões, como por exemplo: “ Permaneço acordado e alerta”.
·
Não
medite quando existe um déficit de sono.
·
Inicialmente
faça sessões curtas de meditação de 15 a 20 minutos (eu diria que podem ser até
menos que isso, se for dificil).
2.
A agitação e o vaguear da mente
A
mente tem uma tendência a se dispersar seja por objetos externos, que os
sentidos reportam mas que deve ser evitada pelos primeiros passos na meditação,
e por impressões internas. Em ambos os casos o exercício do desapego em relação
ao que é percebido e do conhecimento assimilados devem-se fazer presente.
Meditar
impõe um estado alerta, desperto e não um deixar-se levar.
3.
Latências inconscientes da mente
Durante
a meditação quando a mente encontra uma relativa quietude, as memórias,
pensamentos e experiências não digeridas e expressas que se acumularam no
inconsciente, emergem e manifestam-se podendo perturbar a meditação.
Entenda
esses pensamentos que surgem como sendo do inconsciente e deixe-os passar sem
resistência. Acolha-os reconhecendo que eles não tinham sido processados até
então e agora são expressados, mas mantenha-se como uma simples testemunha.
Suprimir
emoções e sentimentos é desaconselhável, pois esta pressão aparece como um
obstáculo.
4.
Usufruir a quietude e felicidade
A
felicidade que o praticante tem enquanto tenta concentrar a sua mente, ele não
deve usufruir, porque ele não deve se apegar àquele estado. Ele deve tornar-se
um não apegado, a mente deve atingir o estado de equilíbrio, livre de atração
pelo deleite. A idéia é que deve ser feita atingir a sua verdadeira natureza de
consciência apenas.
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